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Tradição Espiritual dos Q'eros

Napaykuna!

Os Q’eros são uma tribo andina que vive nas montanhas do Peru central, mas especificamente na província de Paucartambo. Eles vivem a mais ou menos 4.500 metros de altitude em relação ao mar. Eles são considerados, por uma série de antropólogos, como os descendentes diretos dos Inkas. Essa etnia só foi descoberta no meio do século XX quando surgiram com seus ponchos rubro-negro, calça de lã curtas negras e sandálias abertas no meio da multidão no Festival do Q’ollorit’i (Rito das Estrelas) na montanha Sinakara, onde essa peregrinação é realizada anualmente. Desde então, passaram a ser objetos de estudos (e exploração) por partes dos antropólogos peruanos e ocidentais.

Na espiritualidade Q’eros, existe uma série de indivíduos que são reconhecidos com líderes espirituais, chamados Paq’os. Eles trabalham com sua Medicina Nativa Tradicional e são organizados num sistema hierárquico de poder. Para os Q’eros, fazer parte deste grupo, a primeira coisa que você tem que fazer é servir. De acordo com os ensinos andinos, todo ser vivente no universo tem uma relação de serviço. Esta vocação de serviço, não significa que você adote uma atitude de servidão, ou que dê sua energia para outros, não é nada disso. Mas, para aprender, você primeiro tem que servir trabalhando e ajudando em sua comunidade e também em vilarejos vizinhos.

Como falamos anteriormente, na espiritualidade dos Q’eros existe uma hierarquia de poder entre os Paq’os. O primeiro grau é o de Kuya Hampeq, em que o Paq’o trabalha com os espíritos das pedras e montanhas, e aprende também a usar os poderes de plantas para curar de uma maneira mais prática. Nesse caso, ele torna-se um perito na conexão com os espíritos das plantas e como usá-las na cura de enfermidades. Com este conhecimento ele se torna um “Curandeiro Andino”. Ao atingir esse grau de conhecimento de um Kuay Hampeq, passa a buscar mais três níveis: o Pampa Mesayoq, o Alto Mesayoq, e Kuraq Akulleq. Todos estes níveis citados produzem curas físicas, espirituais e psíquicas.

O segundo nível é o do Pampa Mesayoq que tem uma relação indireta com o sobrenatural, sua relação principal é servir a Pachamama, a Mãe Terra. Este ministério envolve o aprendizado sobre o uso ritual das energias da Terra e o aprendizado para mantê-la. O Pampa Mesayoq é um curandeiro especialista, seu trabalho inclui uso de plantas medicinais, a leitura das folhas de coca, a criação e uso de talismãs e pedras, o trabalho com animais, plantas, árvores e rios, mas, acima de tudo, ele ou ela é um especialista em rituais de gratidão e honra a energia da Terra, particularmente à energia feminina de Pachamama.

O terceiro grau, é o de Alto Mesayoq tem uma relação com seres sobrenaturais, mas particularmente com os espíritos das montanhas. O Alto Mesayoq fala diretamente com o espírito da montanha, ele dorme e sonha com os espíritos das montanhas, recebendo suas instruções, além de ter também uma estrela como guia e está a serviço dela. O Alto Mesayoq às vezes recebe informações muito estranhas. Muitas vezes ele ou ela está conversando normalmente com você quando, de repente, entra em um estado de êxtase e começa a falar sobre assuntos extraordinários. Ele pode falar de coisas que você estará fazendo no futuro, ou o que estava fazendo trinta anos atrás.

Para os Paq’os o nível máximo a ser atingido é o de Kuraq Akulliq, que significa o Grande Ancião ou “Mentor”. A tradução literal de Kuraq Akulliq é o Grande Mastigador de Folhas de Coca. O Kuraq Akuliq é um grande visionário que trabalha primariamente com o Hanan Pacha, o mundo superior, e com os filamentos celestiais, a energia divina. Este ministério é muito profético e carismático. Trabalhando com energias celestiais, um Kuraq Akulliq pode realizar curas milagrosas a grandes distâncias. Tanto uma mulher ou um homem, podem atingir esse grau. O homem é mais visível para o mundo externo, mas normalmente é a mulher que move os filamentos de energia celestiais. A Grande Iniciação deste nível ocorre vem diretamente do Spíritu, Grande Espírito.

Aqui abrimos um parentêses para esclarecer que todos esses graus são exclusivos dos Q’eros e só eles podem receber tais títulos hierárquicos; ou seja; nenhum outro nativo de outra etnia ou muito menos os ocidentais podem ter essa nomenclatura. Infelizmente, estamos cansados de ver uma série de indivíduos dizendo ter sido iniciados pelos Q’eros como um Pampa Mesayoq (título mais comum que vemos, após eles terem participados de um workshop andino ou terem passado uma semana entre os Q’eros). No máximo, essas pessoas podem ser um tarpuq (semeador) ou chaski (mensageiro) da espiritualidade andina, e mesmo assim teria que ter vivido e estudado com os Q’eros durante pelo menos uns dez anos para receber tal honraria.

Os Paq’os são pessoas respeitadas pelas comunidades andinas, em reconhecimento ao seu desenvolvimento espiritual e os benefícios que eles trazem às pessoas. Antes que os humanos fossem convertidos em massas de concreto, eles eram espíritos xamãs e estavam servindo ao Grande Mistério da Vida. Para esses xamãs o Cosmo e todas as coisas no mundo são um campo de energia. Uma árvore é um campo de energia, uma montanha também o é. A pedra. A estrela. Tudo irradia energia, e é composto de filamentos de energia luminosa. Esses filamentos estabelecem comunicação com o infinito.

Nos Andes o Xamanismo é uma responsabilidade espiritual e estética de todos nós. Nosso planeta foi desenvolvido com abuso e exagero. O mundo tecnológico alcançou um nível incrível, bonito, mas produziu exageradamente um desequilíbrio na Mãe Terra, devido à ganância do homem. O grande corpo da natureza constantemente demonstra a reciprocidade dos idiomas do Cosmo e dos espíritos. Esta reciprocidade, especialmente no campo de energia, cria uma harmonia que pode equilibrar a energia coletiva do planeta dentro de uma matriz antiga da ordem cósmica. A essência principal da vida é a natureza e o idioma é o Amor. Para eles, é necessário abrir as portas da percepção e escutar com o corpo inteiro.

Os Paq’os acreditam que um novo tempo está nascendo. Os portais entre os mundos estão se abrindo novamente. Lá nós poderemos pisar além do mundo ordinário e poderemos explorar nossas capacidades humanas. Recuperar nossa natureza luminosa é uma possibilidade que existe hoje para todos que ousam dar um salto quântico. Fazendo assim iremos trabalhar artisticamente nossos corpos físicos, transformando-os em um novo corpo que envelhece diferentemente, curando-nos e nos dando a possibilidade de nunca morrermos. Assim embarcaremos mais uma vez em nossa jornada rumo às estrelas.

Os Paq’os também acreditam que escolhemos como viver. Se eu posso escolher conscientemente, por meio de um ato de poder, como quero viver a minha vida, então posso ter tudo que desejo. Se escolhemos inconscientemente, deixamos nossa realidade ser definida pela TV, Igreja ou pelo Governo. Temos que examinar nossas convicções. Para eles, quando perdemos nosso medo ao enfrentar a morte nos libertamos das garras do medo e requisitamos uma vida de plenitude, pois a morte já não pode nos requisitar. Ficamos frente a frente com o nosso próprio conhecimento e poder, podemos conhecê-los e analisá-los em vez de procurar a verdade ou seu significado. Passamos a compreender que uma das tarefas do xamã é trazer a harmonia para toda situação. Nesse ponto estamos participando da criação. É uma visão diferente da que herdamos no nosso mundo ocidental.

Os Paq’os têm um sistema que tendem a não fazer a distinção cartesiana entre assunto e objeto, entre interno e exterior, entre o secular e o sagrado. Assim eles podem realizar os saltos causais, e são capazes literalmente de pisar fora do tempo linear. Eles não perderam a função sensória do conhecimento, eles percebem, sentem e são capazes de atravessar os cinco sentidos. São capazes de sentir a textura de uma montanha, percebem totalidades que são por definição não lineares. A fluência das percepções sensórias deles é em parte um resultado da relação deles com a natureza. Para os Paq’os, a interação que têm com a Mãe Terra (Pachamama) faz parte do seu ser e de sua existência.

Os Paq’os, como todos os xamãs, ainda saúdam o sol ao amanhecer e o cumprimentam ao entardecer. Sua vida diária é submersa no sensório, no mítico, no Feminino, em Eros. Os Paq’os praticam Ayni com natureza e entre si. Ayni é reciprocidade, ou o processo de troca. Para eles, a condição de sua vida é um espelho de sua relação com a natureza. A meta do xamã é entrar em Ayni perfeito em todos os três níveis de mundo da cosmologia andina. O Mastay é trazer harmonia para todos os três mundos, e é mais bem realizado estabelecendo uma relação de sincronia entre o mundo e o ego, tendo acesso à energia Yoqe que nos conecta ao mágico, com os reinos não ordinários. Estes reinos podem e devem ser acessados fora do tempo ordinário, embora o Mastay seja um alinhamento de ambos com o tempo e além-tempo.

Os Paq’os têm acesso a esses reinos e também aos seus egos múltiplos. O conceito deles sobre egos múltiplos é intimamente ligado aos conceitos de pisar fora do tempo. Os Paq’os vivem no dreamtime. Para eles, o “Tempo do Sonho” não é exclusivo ao domínio do sono quando sonhamos, mas está comprometido ao estado alerta do despertar. Além disso, tendo acesso a egos múltiplos, alcança-se múltiplas consciências. Um desses egos múltiplos manifesta-se no nosso tempo. É aquele que “nós” somos. Existem outros egos, em contraste com esse, múltiplas relações do dreamtime no tempo; em tempo ritual, em tempo sagrado.

Para os Paq’os, o tempo é uma realidade múltipla. Eles vêem uma relação causal com o tempo. O tempo monocrômico é determinado pela fonte da violência. No tempo monocrômico você é forçado a vivenciar um futuro pré-ordinário que o mantém no pesadelo da história. Por sua vez, no tempo policrômico, você ganha a habilidade para decidir como responder ao que lhe acontece. Por exemplo, se você foi encarnado através do tempo monocrômico, então você é forçado a olhar para trás, ou seja, os eventos que aconteceram com você no seu passado é que vão explicar o que é você hoje. Os ocidentais criaram uma profissão que verificasse a relação de pais e filhos, para explicar através desse passado a dinâmica das suas almas e psiques atuais. Ao crescer, segundo eles, você tem que se redimir de seu passado e das relações dele com o passado. Em um nível cultural e espiritual, este é o espelho ocidental da percepção teológica judaico-cristã em que a pessoa deve, por exemplo, reconciliar-se do pecado original, pelo qual foi banido do Jardim do Éden. Os Paq’os, porém, estão olhando para frente em lugar de olhar para trás. Eles se reconciliam com quem estão se tornando, ao invés de com quem eles foram.

Para os Paq’os, a primeira prática xamânica é o Rito da Morte. Os ritos de morte são uma série de rituais nos quais trabalhamos o Wiracocha que, para os Paq’os, tem um desdobramento que significa a existência. Primeiro é o corpo luminoso, o corpo de energia pessoal que informa o físico. E o modelo para o físico é o ego psicológico. Tendo acesso ao nosso Wiracocha pessoal, podemos limpar nosso ego, podemos mudar as incrustações culturais que influem na nossa vida “física e psíquica”. Em um contexto maior, o Wiracocha é uma energia cósmica que forma o Cosmo. Limpando nosso Wiracocha pessoal, podemos forjar laços mais fortes para o Wiracocha cósmico. Os ritos de morte, ao contrário do nome, são ritos de passagem que acontecem sempre que há uma transição na nossa vida; uma passagem do velho para o novo, de quem você era para quem você está se tornando. Eles também são rituais que auxiliam você a enfrentar seus medos, raivas e agressividades. Para os Paq’os, o medo é comparado com a agressividade. O oposto da ordem, não é o caos, mas sim a agressividade. Até que você ultrapasse a agressividade em seu trabalho pessoal ao redor da Roda da Medicina, você é incapaz de limpar o Wiracocha completamente e empenhar-se no que você está se tornando.

Os Paq’os vêem duas linhagens do passado que devem ser reconciliadas: a biológica e a reencarnatória. Essas duas linhagens se cruzam no tempo em que vivemos neste mundo, no momento presente. Estas duas linhagens enchem seu corpo de energia. O biológico é sua herança física, genética. O psico-espiritual; na linha encarnatória do que você foi, por outro lado, energiza seu presente e o predispõe para certos eventos e experiências. No Ocidente, lidamos principalmente com nossa herança genética. Buscamos superar nossas fraquezas biológicas e nosso lado psico-espiritual, buscamos melhorar o dano causado por nossa família e pela história ancestral. Porém, os Paq’os começam buscando remover o impulso negativo de qualquer reencarnação, limpando e se despindo destes rastros. Os Paq’os dizem que, ao nascermos, fantasmas famintos do passado vieram nos convidar para alimentarmos das sucatas do outono de seu prato. Esses fantasmas alimentam-se do presente; eles se alimentam de sua energia vital. Assim os ritos de morte, e muitos outros rituais dos Paq’os, são projetados para exorcizar e se livrar destes fantasmas famintos, de forma que o presente não esteja sendo reivindicado pelo passado.

Quando os Paq’os falam sobre limpar o Wiracocha, estão falando de exterminar a energia densa. Os Paq’os não falam sobre a energia negativa e positiva, mas da energia mais densa que prejudica inclusive o corpo físico. Com isso, eles não só podem efetuar uma cura física, mas acelerar a evolução. Eles acreditam que estão criando o corpo pessoal e, por causa do Ayni, acabam germinando o corpo do mundo. Não esqueça que Ayni é o processo de troca, a reciprocidade, o dar e o receber. Assim, Mastay – a harmonia – é imediatamente individual e cósmica. Esta realização é a maneira mais fácil para um ocidental observar brevemente a percepção do mundo dos Paq’os andinos, até mesmo nossos egos racionais podem entender que nós, como indivíduos, afetamos o mundo ao nosso redor. Podemos nos ver como múltiplos, simplesmente vendo a conexão entre nossas ações individuais e os resultados delas como reflexo na condição mundial. Mas os Paq’os fixaram antes de nós uma tarefa e um desafio que vai requerer movimentos além da simplicidade. Eles têm uma teoria de relação que não só ilustra a dinâmica atual de interação que estamos vivendo, como também nos ensina a evoluir num modo mais sofisticado e benevolente.

Os Paq’os identificam três fases em qualquer relação, quer seja entre um pai e um filho, entre uma alpaca e um jaguar, ou entre um “civilizado” e um nativo. Viemos ao mundo num momento histórico do planeta, no Tupay (tempo de confrontação). Na tradição Q’eros essas fases de inter-relação são definidas em: Tinkuy, o encontro inicial; e Tupay, a confrontação ou competição que leva à comunhão.

A primeira fase é o Tinkuy, que é o encontro. Nesta etapa, dois campos de energia se encontram pela primeira vez no tempo – é uma reunião dos filamentos de energia que cerca e fornece informações aos nossos corpos físicos. Do ponto de vista do corpo luminoso, a reunião pode resultar em interação ou não. Se os dois campos de energia são diferentes, eles então se interconectam, porém deve haver primeiramente um estudo entre eles para que essa união seja feita, pois não é sempre que se ganha algo em uma interação. Os Paq’os comparam este primeiro vislumbre e reconhecimento de um corpo de energia pelo outro, tal como um puma que conhece um jaguar. Às vezes as pessoas se apressam a realizar essa troca sutil nos primeiros encontros. Mas o que merece importância é permitirmos que nossos campos de energia filtrem e depois se unam ao outro, então criamos nossos campos luminosos – um Tinkuy, um encontro que se transforma numa união.

O Tinkuy é seguido por Tupay, a fase de confrontação. O Tupay não é nenhuma confrontação agressiva ou competitiva. Normalmente é classificado segundo o tamanho do poder. É uma confrontação em que cada um conhece as condições do poder do outro. Neste tipo de confrontação, há grande aprendizagem.

Na tradição andina, isto é ilustrado por dois índios que se encontram numa trilha, olhando um no olho do outro, cheirando um ao outro, desafiando um ao outro pelo idioma corporal. O Tupay necessariamente não tem que ser agressivo. Em contraste com o mundo ocidental, na tradição andina, o poder é exibido frequentemente por uma competição amigável que não termina em violência. Para os Paq’os, o Tupay é uma oportunidade para grande aprendizagem, resultando frequentemente em uma competição, talvez uma corrida até o topo de uma montanha. Ao término da corrida, haverá um vencedor. No ocidente, a dinâmica da relação terminaria neste momento, e o vencedor levaria a glória por tudo. Mas para os Paq’os não, eles acreditam que têm muito para ensinar aos ocidentais, na nossa tradição, quando o índio que ganhou a corrida demonstrou uma certa margem de diferença entre ele e seu competidor, ele tem que compartilhar sua vitória com o derrotado, através da comunhão, Assim ele é “obrigado” a ensinar ao outro competidor como ele pode superar esta diferença.

Como você pode ver, o significado da vitória é muito diferente do que é para a sociedade ocidental moderna. O espírito de confrontação e competição desaparece, e é substituído pelo reconhecimento de que uma pessoa tem algo para ensinar ao outro. Há um reconhecimento de que, para se desenvolver, não deve haver diferença entre o potencial de cada um. Aquele que tem um conhecimento superior ensina o outro como ter aquele mesmo conhecimento. Tupay desaparece no processo e se torna objeto de comunhão, o Onkoy. Durante a Comunhão, os filamentos de energia dos indivíduos entrelaçam-se, de forma que, através da comunhão, os dois corpos luminosos atingem uma sensação exaltada de compreensão mútua e alcançam um novo nível de cooperação. Como estes filamentos interagindo e se conectando, ambas as pessoas se tornam mais cheios de luz e energia do que antes de haver o Tupay. Esta comunhão eleva ambas as pessoas para um estado mais amoroso e humano.

– Compreender esses três níveis de interação e inter-relacionamento é muito importante para todos nós. Hoje estamos no tempo do Onkoy, no começo da comunhão; estamos começando a entrelaçar o grande encontro ou reunião das tribos. Os andinos, estão fazendo uma ponte de entrelaçamento através de seu sistema de crenças e práticas. Não fazem isto por razões egoístas, mas para conservar o espírito de suas tradições ancestrais. Seu propósito não é resolver uma crise particular, mas apresentar ao mundo nova natureza espiritual. Quando falo, não é de uma visão pessoal, mas de como o Cosmo é visto pelos Guardiões da Sabedoria, como também os Q’eros são conhecidos. É uma visão milenar. A mensagem dos Paq’os é que as pessoas precisam se reconectar com a matriz do Cosmo, com o espírito de Pachamama, nossa Mãe Terra, com os espíritos das montanhas, os Apus, e com o espírito das estrelas.

Munay,

Wagner