“Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuimos a pureza do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo de pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto que zumbe são sagrados na memória e experiência do meu povo…
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem, todos pertencem à mesma família.”